No relógio, onze horas e trinta e dois minutos. Ele entrou no ônibus e papeou com o cobrador. Depois, passou uma cesta de mercado por baixo da catraca. Uma moça, que sentava no banco da frente, perguntou: - Quanto é?! Ele já estava de frente para catraca se preparando para mergulhar até o outro lado e respondeu: - Um real, baratinho, qual o sabor?
Entre coco, morango e castanhas, a moça ficou com o de coco. Esses sabores eram os recheios dos chocolates “Kero +”. Ao chegar do outro lado, passou os chocolates de mão em mão por todo o transporte coletivo, alguns seguravam e outros não. Em intervalos curtos, anunciava: - Um real, um real, um real, coco, morango e castanha, chocolate por um real! Tá baratinho!
Cena extremamente comum no dia a dia do cidadão que utiliza esse meio de locomoção. Mas o vendedor não era um pai de família, uma mãe ou um jovem cheio de vigor... Era uma criança de aproximadamente dez anos de idade, vestia uma camiseta esburacada de alguma escola estadual. O cansaço estava exposto no seu meigo rosto infantil e parecia ter o sono roubado pelas noites de vendas nos coletivos da cidade paulista.
Mesmo exausto, fazia um engraçado som de buzina para que os passageiros facilitassem suas idas e vindas pelos corredores. Sua simpatia conquistou a muitos, vendeu cerca de oito chocolates, número considerável pelo horário. Para que comprar chocolate essa hora? Quem comprou, guardou na bagagem. Talvez para comer no dia seguinte. A intenção era ajudar o menino.
Entre coco, morango e castanhas, a moça ficou com o de coco. Esses sabores eram os recheios dos chocolates “Kero +”. Ao chegar do outro lado, passou os chocolates de mão em mão por todo o transporte coletivo, alguns seguravam e outros não. Em intervalos curtos, anunciava: - Um real, um real, um real, coco, morango e castanha, chocolate por um real! Tá baratinho!
Cena extremamente comum no dia a dia do cidadão que utiliza esse meio de locomoção. Mas o vendedor não era um pai de família, uma mãe ou um jovem cheio de vigor... Era uma criança de aproximadamente dez anos de idade, vestia uma camiseta esburacada de alguma escola estadual. O cansaço estava exposto no seu meigo rosto infantil e parecia ter o sono roubado pelas noites de vendas nos coletivos da cidade paulista.
Mesmo exausto, fazia um engraçado som de buzina para que os passageiros facilitassem suas idas e vindas pelos corredores. Sua simpatia conquistou a muitos, vendeu cerca de oito chocolates, número considerável pelo horário. Para que comprar chocolate essa hora? Quem comprou, guardou na bagagem. Talvez para comer no dia seguinte. A intenção era ajudar o menino.
3 comentários:
Realmente cena comum no nosso dia a dia Aninha, e você o descreveu muito bem... Existem pequenos cativantes e grande cativantes também, um amigo meu me contou uma história como a sua, só que era um jovem...não uma criança. Pobre menino, enquanto vende docinhos perde-se a infância... Fico pensando no futuro dele e me sinto triste.Otímo texto Aninha
Postar um comentário