sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nas incertezas da dúvida cruel

          Se o mundo foi criado de uma gigantesca explosão mágica que transformou pó em coisas palpáveis e toda magnificência da natureza, até hoje existente, de átomos espertalhões que resolveram se transformar em todo tipo de plantas e animais exuberantes, alguns dotados com a capacidade de produção, e considerar que o ser humano, único ser racional na face do planeta terra, nasceu de uma ameba em constante evolução capaz de possuir um cérebro que ainda é um mistério para muitos médicos e especialistas na área neurocirurgiã e outras mais, ouso citar a frase de um filme romântico chamado “Diário de uma Paixão”, história fantástica e uma verdadeira prova de amor, que é a seguinte: “A ciência vai até certo ponto, doutor, depois vem Deus”.
         Enquanto se acredita em filosofias para contradizer o que não proveio do além, existe a incerteza nas invenções matemáticas, milimetricamente estudadas, testadas, fisicamente planejadas para o resultado previsto, anteriormente, pensado... O que não é sábio para um inventor, compositor e qualquer outro profissional se baseado na dúvida. Se não ter certeza é o certo e a convicção pairou no tempo, cria-se um conceito de crise existencial da qual é uma teoria conspiradora fundada em um pensamento dedutivo. Portanto, acreditar em um Criador faz muito mais sentido, visto que a convicção motiva uma esperança (mesmo ciente do mal que rodeia o mundo) inigualável, da qual o ser humano deve sempre se orgulhar e crer que ainda existam motivos para enxergar o que de fato é bom, viver.

sábado, 14 de maio de 2011

Fim da via

Naquela via férrea giram rodas todos os dias,

Do tic tac de distintos destinos 

Acompanham a via aquática de águas esgotáveis

Em curso contrário ao das rodovias

Onde circulam carros incontáveis.

Assim Via-Láctea via telescópio

Olhar fixo nas aéreas vias

Que sobrevoam vias tortuosas

Onde cai a chuva e corre galerias.

Tubulosos espaços de vias sinuosas

Por caminhos pluviais

Até rumos fluviais

Por rateios cruciais.

Todavia, percorre a viatura

No viaduto de sirenes ensurdecedoras

Víboras às vias arteriais

Palpita o coração de vias congestionadas

Ataque de veias atoladas

Da via na qual circula a vida

Sem viço, falece o último suspiro.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Nota do tempo de uma bigorna

          A responsabilidade roubou tantas coisas da adorável infância, deixou para trás as manhãs recreativas na escola, as tardes felizes na rua e as noites de engraçadas brincadeiras. Agora, ela sufoca os órgãos interiores com tanto aperto que a qualquer momento uma hemorrágica rebeldia nasce dentro do corpo humano. Esse peso mais parece uma manada de passos largos que pretendem pisotear a vida em potencial força e longevidade. Para sentir a leveza de uma pluma levada pelo vento, ignore as vontades compulsivas, abrace um travesseiro fofo, cante que “o amor é um campo de batalha”, porque nem todos querem levar bigornas pelo resto da vida. Existe vida após um virar de página, lá existe vida. Que um desafio considerável seja alcançar o peso pena.