segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Nota do tempo de uma temporada

          Seriados são realmente empolgantes e para acompanhá-los, o ideal é não perder nenhum dos episódios. O tempo em que ficam em exibição? Uma boa de uma temporada, que são estendidas em vários numerais! Ao entrar de férias, as pessoas fazem de suas vidas um verdadeiro seriado, planejam uma temporada em algum lugar diferente. Espairecer por algum período. Há casos em que espairecer é muito bem-vindo. Principalmente depois de longos três anos no mesmo ambiente de trabalho. Fase de experiência, aprendizados válidos, amigos e profissionais que ficarão na memória e outros que nem serão lembrados. A temporada já acabou, e é preciso buscar novas oportunidades se o humor permitir. Novos episódios serão escritos e exibidos. Elaborar um plano para outro tipo de empreendimento, aquele que não lhe mantém integralmente em ocupação, pois existem outras questões que necessitarão de um pouco mais de atenção neste ano. Para alguns é uma semana feliz... Olha o sorisso: =)! A semana de finalização dessa série, de desfecho de mais um capítulo. A última semana de labor em determinado ambiente, mas não a última da vida!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A falsa arte de professar

Organizar ideias é algo muito complexo.
Dias passam e fica cada vez mais difícil mantê-las em ordem,
Ao pensar que estão quase lá...
Embaralham-se e perturbam uma mente ainda jovem e sadia.
E escutar coisas negativas faz piorar ainda mais o processo de evolução.
Ao invés disso, perdem-se pensamentos com vãs observações,
Aquelas observações generalizadas, fincadas em mente conservadora.
Mentes exauridas, que acham que já sabem sobre tudo e todos,
Traumatizante é saber que são letrados e legalmente tutores.
Julgam e não querem ser julgados.
Arremessam ofensas e se faz “pecado” enfrentá-los,
Porque a lei é engolir o choro.
Meros diplomas em azedadas e emblemáticas molduras.
Corroídos por traças nas paredes rachadas.
Cérebro exausto por filosofias aprofundadas na falta de ética.
Nivelar por baixo é mais fácil, pois limita uma mente já enfadonha,
O nível pela gentalha é prazerosamente repetido.
Demonstrar contrariedade não enfraquece o dito “brilho”.
Discursos professos na hipocrisia de suas fracas crenças,
O olhar desesperado e o olhar de quem despreza.
Arrogâncias e desrespeitosas mantras são despejadas,
Ouvidos feitos penicos transbordam de segundas a quintas-feiras.
Decepção fundada na figura de um mestre.
Felizmente existe a exceção...
Alguns são apenas professores,
E outros, Os professores.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Velha nova vida

         Ela passou toda arrumadinha com uma bolsa chiquérrima. Cabelo curto e tingido de castanho claro, roupa básica, mas notável elegância em preto e branco que, na dúvida, é uma combinação perfeita! Qual seria a idade dela? Talvez quase seus 70 anos... E ainda assim arrancava olhares de encantamento. Nessa mesma esquina da vida já passaram senhoras desprovidas do bom senso. Senhoras que ainda acham que podem fazer tudo o que faziam quando eram mocinhas. É verdade, elas ficaram teimosas! Assumir o posto de vovó é uma grande responsabilidade, e na beleza de fios brancos nascem o respeito e a admiração. Arrumadinhas e cheirosas elas conquistam o mundo, porque vovó já foi menina, adolescente, mulher mãe e é a voz que emitirá constante sabedoria. Hoje ela é vovó, uma fase da vida que não é o fim, porém outra maneira de ver a vida... Com uma nova perspectiva.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Nota do tempo de uma rota

          Pés empoeirados e calejados desviavam das pedras cravadas no barro seco. Tropeços no meio do trajeto escaldante feriram aquele corpo já cansado de tanto penar por aí. Andarilho do tempo repousou na encruzilhada da vida a escolher um caminho. Com sede e aparente cansaço não parecia ser prazenteiro pensar por qual deles deveria trilhar. Mas pôs-se a questionar “Quantos de mim também não gostariam de ter este privilégio?”. O caminhante percebeu que só seguia o rumo que lhe parecia mais viável, porém, esqueceu-se da rota que havia planejado. Exaustivos estudos de mapas, caminhos estrategicamente predefinidos no traçar de um lápis tornaram-se meros arquivos esquecidos. Abusou da bússola de liberdade, sua visão já turva impedia a consulta nos papéis enriquecidos de opções. Desfaleceu na esquina da bifurcação, aterrorizado e sem amparo. A fuga falhou outra vez, pois sua rota não é nova rota, seu percurso é um caminho pensado e repensado. Um passo para o desvio é um passo para um fim desventurado.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"O alerta chama"

Agora já me avisa outra vez o alerta laranja
na Barra de Tarefas do Windows
Será ele?

Por que entrei no Messenger hoje?
Por que há tempos já não o bloqueei?
Dessa vez como ele falará...
pois sobre o quê falará eu já sei.

Dessa vez, se eu ficar brava
Será que ele vai teclar comigo outra vez?
E se eu não ficar brava
parecerá que não me incomodei?

Apenas gostaria de saber:
estou zangada, com pena ou me apaixonei?
Se ele não fosse parte da minha infância
Hoje eu teria feito tudo diferente?
Pois algumas coisas que ele diz...
deixam o meu corpo tão quente.

Eu o encontrei, estou pagando o preço
Tenho que trabalhar e me concentrar
e de dispensá-lo eu me esqueço
Quero que me dê o tratamento que mereço

Pois eu sou apenas uma garota
E para mim, ele é um querido amigo
E se eu me sentir sozinha (qualquer dia)...
Será que ele tecla de novo comigo?

*Este poema é de "Autoria Preservada" e foi publicado por ser uma das Singelas Obras que nascem de Nobres Rabiscos.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Era uma vez o pirilampo

O calor insuportável permitiu que as janelas ficassem abertas. Durante aquela noite quente, um inseto entrou no recinto e debateu-se contra a porta. Com muita dificuldade tentou voar, mas suas asas deveriam ter sofrido alguma lesão. Emitia sons de insetos voadores desnorteados, sem saída e sem saber para onde ir. Sua tentativa de escape foi cansativamente vã, pois ao aparecer, caminhava para debaixo da porta quando um golpe o acertou. Nesse momento, suas luzes acenderam e emitiram uma esperançosa cor verde. O ser humano pensou: “Não acredito! Matei um pirilampo!”. Aos poucos aquela luz se esvaía. Uma lumeeira a menos, um belo lampíride foi apagado pela insensatez. O pobre pirífora poderia ser devolvido para natureza num estado de melhor espírito sensorial. Seu voar sem rumo apagou aquele brilho esverdeado, bonito inseto de verão. Perambulou em estranho ambiente, vagueou na contramão. Voem vaga-lumes! Para bem longe de quem não os reconhecem apagados.