sexta-feira, 29 de julho de 2016

Puxa-encolhe, chove-não-molha


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A linha tênue que permeia a crença e a razão as coloca contra a parede e faz uma perturbar a paz da outra. Ela chega ocupando um espaço que não lhe pertence e ao invés de caminharem juntas por meio da coerência, razão e crença se desequilibram para justificar o injustificável e provar que uma é melhor que a outra e que a outra faz mais sentido que a uma. Entre o sim e o não surge uma nuvem negra de talvez... Perdem o sono e o espaço confortável de outrora. Em minúsculo ambiente, quase não conseguem mais se ver com as incontáveis incertezas do passado, do presente e do futuro. Nesse “puxa-encolhe” e “chove-não-molha”, a indecisão de não decidir faz a dúvida pregar algumas peças... Se bem que às vezes. Na verdade não se sabe. Pode até ser. Se você for ver é isso aí mesmo, não tem pra onde fugir. Até que se prove o contrário. Hoje em dia não se pode confiar nem na sombra...

sábado, 23 de julho de 2016

Malabarismo da tocha


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O fogo tomou as duas extremidades do bastão que, jogado para cima, alcançou olhares dos motoristas e passageiros que aguardavam o semáforo mudar para a cor verde. O artista de rua equilibrou o bastão em duas improvisadas baquetas, fazendo movimentos de malabarismo. A arte típica de circo atrai um pouco de atenção, mas o curioso mesmo é que o artista se concentra e, possivelmente, deve treinar antes das apresentações com certa dedicação. Afinal, ele deseja receber alguns trocados por sua performance. Entre tantas chamas, a da tocha olímpica é por vezes derrubada pelos supostos ícones brasileiros. Provavelmente, os artistas circenses de rua carregariam a tocha das tochas de forma muito profissional, leia-se: sem quedas. E o que será que essas quedas representam? Talvez, um país sem presidente, sem onça Juma, sem civis patriotas e a maioria desses infelizes por sediar os jogos olímpicos. Reflexo é resultado e o resultado nem sempre é satisfatório.