terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Bola de fogo

Aquece almas.
E chega intensa para despertar,
Para alegrar,
Os dias quentes dessa estação.
Despontam agora em dezembro,
Os chamados dias de verão.

Governa nossos dias,
SOLte os raios de seus incêndios benéficos,
Com explosão de vitaminas em melaninas.
Celebramos esse dia de Sol e outros que virão.

Lamentamos apenas por nossa Luz Estação,
Pelas labaredas em nosso Museu,
Pelas cinzas nossas Da Língua,
Por nossa essência Portuguesa,
Outrora iluminada sem o calor das chamas.

Que as chuvas nos lavem,
Que as lágrimas nos consolem,
Que seu brilho seja, por inteiro, restaurado,
E seus acervos preservados.

Que a Bola de fogo venha apenas purificar,
Clarear nossas vidas com sua luz natural.
Que nossos extintores sejam carregados,
E os incêndios maléficos erradicados.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Vitimização

Expõe-se na vitrine em vão brado de sofrimento efêmero. 
Faz-se de vítima, mas pouco é seu público.
Afirma sentimento que tem como amor, clamando súplicas por sua própria escolha.
Embebido de ironia, máscaras caem e após assumida confusão, exalta consolos alheios dos protagonistas da discórdia.
Em nome de Deus se diz no inferno e lamenta iniciativa de outrem por suas supostas dores.
Demolindo torres de virtude, estilhaçando vitrais de memórias, rompendo pontes de conexão, excede na exposição e se coloca no centro para ser ovacionado pelo cretinismo dos seus

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Cor-Ação

Ainda não é Carnaval
Mas a carne pulsa e pula
Se joga, se enerva
Sangue emana pelas veias
Vivifica o templo sagrado
O órgão pulsante desperta
Espanta, salienta o recinto
Bate pratos e tamborins
Apita agudamente e sacode pandeiros
Ensurdece, emudece e cala
A euforia vai embora
A quietude se renova
Sussurrando traz conforto,
Soma, divide, sonha e cede
Carne que treme, que congela e que aquece
Dos batuques desse pedaço arrebatador
Dessa bombinha que cresceu
Que provoca maravilhas e grandes estragos.