Lá
fora já não pertence mais aos prisioneiros. Na condição de sua inatividade, a discreta
casa é muito admirada pela resistência, porém é demasiadamente incômodo permanecer
em suas dependências. Um estágio de desenvolvimento que talvez seja compreensível,
se bem que a reclusão quase não faz bem para ninguém, mas no caso das mariposas
e borboletas é diferente, por ser uma mudança radical em suas vidas. Passar do
rastejo para o voo é sem sombra de dúvidas um mérito louvável. Quem sabe um casulo
obsoleto possa ter o mesmo fado de concluir a incrível metamorfose e acordar
batendo asas, libertando-se de todos os invólucros medonhos da terrível e mimada
vontade de cair em prantos.
2 comentários:
Postar um comentário