quarta-feira, 30 de maio de 2012

Intangível crisálida


           Lá fora já não pertence mais aos prisioneiros. Na condição de sua inatividade, a discreta casa é muito admirada pela resistência, porém é demasiadamente incômodo permanecer em suas dependências. Um estágio de desenvolvimento que talvez seja compreensível, se bem que a reclusão quase não faz bem para ninguém, mas no caso das mariposas e borboletas é diferente, por ser uma mudança radical em suas vidas. Passar do rastejo para o voo é sem sombra de dúvidas um mérito louvável. Quem sabe um casulo obsoleto possa ter o mesmo fado de concluir a incrível metamorfose e acordar batendo asas, libertando-se de todos os invólucros medonhos da terrível e mimada vontade de cair em prantos.

2 comentários:

Johnny Nogueira dos Santos disse...
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Analina Arouche disse...
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