terça-feira, 17 de abril de 2012

Marias mijonas

           Quase sempre choronas se desesperam por pequenas coisas, sujeitam-se a cada situação e sem a capacidade de exercerem uma simples opinião respondem um “tanto faz” a qualquer questionamento. Borram-se de medo dos metidos a machões e padecem em silêncio. Amedrontadas se calam diante da própria reputação e escondem suas marcas da vergonha alheia. Exibem traços de meninas indefesas e totalmente dependentes que não são. A realidade é que os covardes agressores dependem mais delas do que elas deles. Cegamente subordinadas, obedecem e não ousam denunciar os maus tratos, seja pelo medo de ameaças, seja pela falsa esperança de que o autor um dia cumpra o que prometeu, de que o ocorrido não irá mais se repetir... Sem fraldas e na miséria, marias mijonas arrastam a vida em sigilo. No secreto de seus rostos sofridos aparentam mais idade do que, de fato, possuem.

2 comentários:

Johnny Nogueira dos Santos disse...
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Analina Arouche disse...

Obrigada, amore! Enfrentar o "homem" é tudo. Que seja essa uma grande consciência a dominar todos os seres.
Bacana ter você por aqui. =)