Caminhei por cima das pedras e feri meus pés. Tive pensamentos ruins e proferi palavras das quais não ouso mencionar aqui. Acenei, mas não me viram. Chamei pessoas pelo nome e nenhuma delas me ouviu. Veio-me o desespero e chorei soluços de muitas impressões fiéis do meu espírito moribundo. Prossegui como se âncoras acorrentassem o resto de vontade que o meu corpo tinha de continuar. Abandonei o barco. Afoguei meus sonhos. Inconsciente, sonhei com a vida que reclamava. O agora me assola tanto quanto mereço pagar por meus murmúrios. Perdi o carisma e afastei de mim os que eu menos queria. Joguei para longe a razão e parti em pedaços o meu próprio coração, sem eira nem beira. Os reflexos da minha mente pouco se fazem nítidos e em mim habita a solidão. Mamãe, você é minha casa!
4 comentários:
Embora triste, lindo seu post.
A distancia de quem gostamos é algo que nos desespera, mas concordo com o Johnny "Deus sempre nos dá auxílio o suficiente para crescermos" e, são nesses momentos em que a angustia nos abate que temos que juntar todas as forças para crescermos e evoluirmos.
Achei muito bom o fim de seu texto "Mamãe, você é minha casa!", sinto o mesmo pelos meus pais, até por que eles cuidaram de mim a vida inteira e são as pessoas que mais cativam meu ser.
Família é tudo!!!
bjs Ana (banana)
Aninha...no momento que li seu post, tudo que você descrevia, eu sentia..e me fazia sentido...principalmente a parte final "Mamãe, você é minha casa"... Gosto das paredes, do meu quarto, da minha sala..mas de certa forma parece que o mais importante está exatamente aí...morar dentro do outro e ter outrem morando dentro de si.... (Não vou entrar nos motivos que te levou pra escrever esse texto, triste, mas de essência bela)... Só te parabenizo por transformar em palavras um sentimento que pode ser de muitas pessoas. Amo você!
Queridos, obrigada pelos valiosos comentários e consideração!
Um abraço em cada! =)
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