As várias faces do homem denunciam o seu estado de espírito. Ora exaurida, ora cansada, ora abatida. Na rua estão presentes expressões da tristeza, da indiferença e da fome. Enrugadas peles outrora macias e cuidadas. Sorrisos tímidos exprimidos atrás dos fones de ouvidos. Óculos pesados nos narizes machucados. Pés de galinhas expostos perto dos brancos cabelos na sombra dos olhos. Poros suados de um dia aterefado, enfadonho e necessário. Narinas incomodadas com a inalação precária da poluição insolúvel de vaidade contrária ao estar bem. Porque sois um no meio de muitos, no meio de todos, no meio de uns tantos com faces terrivelmente ferozes. Faces revoltadas, talvez despeitadas. Que o seu semblante não te roube o real reflexo da sua verdadeira face. Arranque qualquer máscara que cubra o teu rosto. Deixe a sua “face oculta” no recôndito da memória mais falha. Pois a hipocrisia beira uma face, portanto, dispense a segunda.
Um comentário:
Gente, essa Analina é fera mesmo! Só ela pra conseguir transformar poluição, cansaço e falsidade em texto de tanta qualidade! Eu sou fã número 1 dessa menina!
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