Sorrir sempre. Colocar um sorriso no rosto das pessoas, foi pra isso que você veio ao mundo? Os nossos próprios demônios já são difíceis demais de lidar, nossos traumas, nossas crenças, os desígnios que são traçados para nós por terceiros ditam nosso comportamento doentio. Desatinados, acumulamos inconscientemente os desejos mais perversos, as vontades mais primitivas que quando expressas despertam a loucura, causam estranheza. As circunstâncias do labor, a exigência pela agradabilidade das nossas atitudes, ser piada sem se fazer piada, nossos corpos são reduzidos a sacos de pancada. Os que fingem que se importam estão ocupados demais e os que não se importam fazem questão de deixar evidente todas as nossas faltas, até aquelas sobre as quais nunca falamos. Afinal, apontar o dedo, desnudar o outro, é o maior gesto de opressão. E esse é o momento em que preciso discordar do meu amigo Coringa: a vida não é um drama, a vida não é uma comédia, a vida, meus caros, é insana.
quinta-feira, 17 de outubro de 2019
segunda-feira, 12 de agosto de 2019
Nota do tempo de uma mania
Ana tem mania
de enrolar os seus cabelos
De passá-la nos lábios
de enrolar os seus cabelos
De separar uma mecha
e senti-la entre os dedos
De passá-la nos lábios
e conferir a maciez
Enrola e desenrola
para enrolar outra vez
Enrola e desenrola
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