Arquivo pessoal
Extraíram-lhe
o dom da reprodução, de plantar a semente da vida e procriar seres tão belos
quanto ele. O homem acredita que o controle da natalidade dessa e de outras
espécies previne o abandono, o descaso e a desgraça desses seres. Infelizmente,
há uma razão para isso. Eles que, tão conhecedores da natureza, foram
subjugados pelo maior destruidor da fauna e da flora. São escarnecidos por seus
hábitos noturnos, odiados por andar livremente. Algumas espécies são
enjauladas, por seus instintos selvagens em prol da defesa do território onde vivem e
convivem, bem como pela proteção de seus semelhantes. A senciência dos belos
animais pouco importa para o homem, que os tratam como alimentos, vestimentas,
ou meros serviçais. Por que há controle de natalidade para seres extraídos de
seu habitat natural, inofensivos e desinteressados do “progresso da evolução”?
Enquanto isso, o ser “dito civilizado” se reproduz livremente e dissemina
preceitos ardis e revoltosos aos que o sucedem, oprimindo a multiplicidade do reino
animal.