Cantava afinado e alegre. Alternava com assobios, dirigia com pressa para chegar ao destino. Queria se refrescar e deixar a grande circunferência que calejava suas mãos em mais um dia quente. A canção que entoava lembrava as regiões agrestes, a caatinga nordestina. De pés descalços na terra distante dos centros urbanos... Um choro com saudades do sertão. Pelo reflexo dos óculos escuros, deitada sobre um colo amoroso, via os postes e fios elétricos, as árvores apressadas, tudo ficando para trás abaixo de um limpo azul celeste de poucas nuvens. Naquele calor escaldante e desidratante, uma música contagiou meu estado de espírito. Em um momento que eu mais ouvia, por não poder falar.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Ócio
Tão ausente quando precisamos dele.
Tão eficaz para promover textos como este.
Tão cruel quando preferimos o contrário.
Tão injusto quando se tem tanto para fazer.
Tão capaz de provocar a discórdia.
Tão oportuno se usado para o mal.
Tão confuso quanto não fazer nada com ele...
Tão presente quando não queremos ele.
Tão eficaz para promover textos como este.
Tão cruel quando preferimos o contrário.
Tão injusto quando se tem tanto para fazer.
Tão capaz de provocar a discórdia.
Tão oportuno se usado para o mal.
Tão confuso quanto não fazer nada com ele...
Ao ponto de saber e não poder fazer com ele o que se quer fazer.
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